No dia 28 de novembro de 2016, o mundo do futebol foi abalado por uma tragédia sem precedentes: um avião que transportava a equipe da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana caiu nos arredores de Medellín, na Colômbia, matando 71 das 77 pessoas a bordo. Com apenas três jogadores sobreviventes, o Brasil inteiro ficou de luto pela perda dos talentosos atletas e dos outros membros da tripulação.

No entanto, mesmo após a tragédia, muitas pessoas buscam informações adicionais sobre o acidente. Infelizmente, um elemento adicional da história não é fácil de digerir: fotos dos corpos das vítimas foram divulgadas em vários sites de notícias.

A pergunta é: isso é ético? É necessário mostrar imagens gráficas de vítimas e causar desconforto emocional em muitos leitores que buscam informações importantes sobre o acidente?

Em um mundo de mídia social em que as informações são amplamente compartilhadas, é compreensível que muitas pessoas estejam visitando esses sites em busca de imagens perturbadoras e detalhes adicionais sobre a tragédia. No entanto, muitos apontam que essa busca por informações é insensível e até desumana.

As fotos mostram os corpos das vítimas do acidente, muitas das quais foram carbonizadas ou mutiladas. As imagens são chocantes e, sem dúvida, podem causar angústia, principalmente para os familiares das pessoas mortas.

Além disso, muitas pessoas questionam se essas fotos são necessárias para entender completamente o que aconteceu. Enquanto algumas pessoas argumentam que as imagens ajudam a entender a extensão da tragédia e a força do impacto, outros acreditam que isso é simplesmente explorar ainda mais as vítimas e suas famílias, em nome de obter cliques na internet.

No final do dia, a questão continua em aberto. As fotos estão disponíveis online e, infelizmente, muitas pessoas foram expostas a elas sem permissão prévia ou sem estar preparadas para o conteúdo que elas mostram.

O acidente da Chapecoense foi uma tragédia incompreensível que deixou uma profunda cicatriz no mundo do futebol e além. As imagens dos corpos das vítimas não são de forma alguma necessárias para entender a gravidade da situação. Em vez disso, é hora de respeitar a privacidade e a memória das pessoas que perderam a vida, e deixar as autoridades competentes e os profissionais de mídia tratar da divulgação de informações.